22 agosto, 2024





 


A análise, ou apenas o processo terapêutico, não são decisões fáceis. Não é fácil encarar suas fragilidades, medos, seus traumas. Mas gosto de encarar o processo como um ato de coragem! Nada mais corajoso do que enfrentar algo que nos faz mal, ou que nos atrapalha. 


 Como um sussurro em uma biblioteca silenciosa, nosso inconsciente guarda informações importantes, de difícil acesso, que tem o poder de nos deixar expostos a nós mesmos. Como um grande segredo a ser revelado, nossas particularidades tendem a dar as caras hora ou outra e de diferentes formas. As vezes como um breve déjà-vu, as vezes como crises de ansiedade. 


Mas como qualquer outro segredo, a partir do momento em que ele é revelado temos duas opções a serem consideradas: ignorar esse segredo ou aceitá-lo e seguir em frente. Ignorar não me parece ser uma boa opção. Teríamos que lidar com o fato de que a verdade existe e ela pode ser bem barulhenta e trazer consequências que não somos capazes de prever. Talvez, aceitar que essa verdade faz parte de quem somos e que temos o poder de dar a voz que queremos a ela, me parece ser algo que empodera, que traz vida e resiliência.  

Então, sim! Fazer terapia é um ato de coragem, de mudança e perseverança. É cada dia mais necessário porque não somos robôs. Somo seres humanos, fadados a errar e cair. Mas também a recomeçar e reconstruir da for mais autêntica possível.


Para cada um, o processo terapêutico vai acontecer de forma diferente. Mas o caminho será o mesmo. Com desafios, mas com grandes conquistas. Sem falar na sensação de estar no controle da própria vida e administrar muito melhor suas emoções, aprendendo a se curar do passado para continuar caminhando de forma autêntica e leve. 

Trouxemos alguns benefícios que o acompanhamento terapêutico pode trazer para as nossas vidas. Não existe hora certa para se autoconhecer, basta dar o primeiro passo.



 

22 agosto, 2024




 

Transtorno de Déficit de atenção e hiperatividade, ou o TDAH, trata-se de uma disfunção neurocomportamental, caracterizada principalmente por desantação, inquietude e impulsividade. Costuma apresentar seus primeiros sinais durante a infância, nos primeiros anos escolares, acompanhando sujeito pelo restante da vida adulta. 

O TDAH pode se apresentar de várias maneiras, afetando a vida social, profissional e o processo de aprendizagem. Mas, comumente o paciente pode apresentar questões emocionas relacionadas a ansiedade, depressão e altos níveis de estresses.   

Crianças com TDAH podem apresentar dificuldades em se concentrar, principalmente quando se trata de atividades que exigem um esforço intelectual. A inquietude, relacionada a ansiedade, pode se apresentar no diálogo onde comumente a criança responde perguntas direcionadas a elas antes mesmo de serem concluídas. A dificuldade de memorização e absorção de conteúdo é uma das principais queixas relacionadas ao TDAH que interferem na aprendizagem, dando a entender que a criança pode estar constantemente distraída ou desatenta.  

Esteja atendo aos sinais, observem por entrelinhas. As vezes o que pode parecer simples como preguiça, na verdade é só a pontinha do iceberg com questões muito mais complexas que exigem a nossa atenção.

 

22 agosto, 2024



TEA (transtorno do espectro autista), por que se fala tanto sobre isso atualmente? Uma a cada 36 crianças são diagnosticadas com transtorno do espectro autista. Isso significa que é muito mais comum do que se imagina. Por se tratar de um transtorno que afeta as funções relacionadas ao neurodesenvolvimento, alguns sinais podem ser percebidos nos primeiros meses de vida. Mas, infelizmente, nem sempre é possível. O TEA segue sendo um mar de informações e segredos a serem desvendadas por estudiosos e ciências, pois nem todas as crianças apresentam os mesmos sinais ou até mesmo manifestam o autismo da mesma forma. Por isso o chamamos de “espectro”. E por essa razão o diagnóstico é complexo e requer uma equipe multiprofissional para avaliar cada aspeto que pode indicar o TEA e, ainda mais, qual grau de suporte essa criança irá precisar. O TEA pode apresentar sinais desde o nascimento, mas também pode se manifestar a partir dos 4 anos de idade. Por essa razão, alguns diagnósticos são fechados após esse período, momento em que a criança pode apresentar atrasos na fala, dificuldades de interação social e alterações de comportamento. 


O TEA ainda é um campo muito vasto para estudos e observações, pois cada criança é uma caixinha de surpresas, imersa em seu próprio mundo. Cabe a nós, profissionais, desvendar esses segredos e participar desse mundo tão particular e tão singular de cada criança. Participar da caminhada deles e acompanhar o seu crescimento e progresso é uma dadiva. Promover a mudança na vida dessas crianças e consequentemente dessas famílias pode ser desafiador, mas eu te garanto, a recompensa é muito maior!

 

13 agosto, 2024



Qual o impacto da psicologia nos resultados dos nossos atletas durante as olimpíadas de 2024?

Para responder essa perguntar precisamos falar sobre saúde mental e inteligência emocional. É inegável que hoje falamos muito mais sobre a saúde mental. E por que? Gosto de pensar que na verdade essa tema deveria estar presente desde a formação infantil, pois não somos apenas um conjunto de saúde física e lazer. Somos sujeitos que precisam viver o equilíbrio de uma boa saúde física e metal. Trabalhando justamente o que não está tão evidente, mas sim o que esta escondido nas profundezas do nosso inconsciente. Questões tão delicadas que podem interferir na forma como vemos e vivenciamos o cotidiano. Diante disso, ao olharmos o desempenho de atletas de auto rendimenro, caindo e levantando de novo e de novo, fazendo piruetas no ar, quebrando recordes, superando seus limites, sofrendo com a pressão e expectativas não apenas deles mesmo, mas também de suas nações que esperam a perfeição, não se pode ignorar o fato de que nada disso seria possível se estivesse com o seu psicológico em desequilíbrio. Temos o grande exemplo da Simone Biles, uma das maiores ginastas da atualidade sofrendo com a pressão e autocobraça impostas em suas performances na última olimpía em Tokyo.

Simone sofreu um fenômeno conhecido como "twistis", um bloqueio mental capaz de criar um desconexão entre a mente e o corpo. Fato que a fez abandonar a competição e voltar seus olhos a sua saúde mental.

Mas um grande exemplo de inteligência emocional e equilíbrio psicológico é a também ginasta e medalhista, Rebeca Andrade. A mesma deu diversas entrevistas resaltando o significado e a importância que o acompanhamento psicológico teve em uma jornada ao ouro.

Saber lidar com a frustração e a pressão, além de temas como a autossabotagem, o medo, o fracasso e entre tantas outras emoções, é a chave para seguir em frente e continuar caminhando atrás dos nossos objetivos.





@psi_gabrielasv