TEA (transtorno do espectro autista), por que se fala tanto sobre isso atualmente? Uma a cada 36 crianças são diagnosticadas com transtorno do espectro autista. Isso significa que é muito mais comum do que se imagina. Por se tratar de um transtorno que afeta as funções relacionadas ao neurodesenvolvimento, alguns sinais podem ser percebidos nos primeiros meses de vida. Mas, infelizmente, nem sempre é possível. O TEA segue sendo um mar de informações e segredos a serem desvendadas por estudiosos e ciências, pois nem todas as crianças apresentam os mesmos sinais ou até mesmo manifestam o autismo da mesma forma. Por isso o chamamos de “espectro”. E por essa razão o diagnóstico é complexo e requer uma equipe multiprofissional para avaliar cada aspeto que pode indicar o TEA e, ainda mais, qual grau de suporte essa criança irá precisar. O TEA pode apresentar sinais desde o nascimento, mas também pode se manifestar a partir dos 4 anos de idade. Por essa razão, alguns diagnósticos são fechados após esse período, momento em que a criança pode apresentar atrasos na fala, dificuldades de interação social e alterações de comportamento. 


O TEA ainda é um campo muito vasto para estudos e observações, pois cada criança é uma caixinha de surpresas, imersa em seu próprio mundo. Cabe a nós, profissionais, desvendar esses segredos e participar desse mundo tão particular e tão singular de cada criança. Participar da caminhada deles e acompanhar o seu crescimento e progresso é uma dadiva. Promover a mudança na vida dessas crianças e consequentemente dessas famílias pode ser desafiador, mas eu te garanto, a recompensa é muito maior!